TABS

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

As voltas que a vida dá

No fim-de-semana recebemos a visita de amigos. Para mais uma conversa, e para um ultimo abraço antes do regresso a Portugal.
 
Por coincidências acabamos perceber que o nosso passado ainda estava tão presente numa casal que os acompanhou. Um passado que tentamos esquecer, mas que ontem nos fez tão bem recordar. Recordar aquelas pessoas que passaram na nossa vida e que feliz ou infelizmente tivemos de deixar para trás.
 
A parte triste foi perceber que a vida com que os imaginávamos num dos casos em particular já não existia. A minha primeira companheira de casa quando cheguei a Angola morreu à 4 anos sem que eu o soubesse.
 
Da ultima vez que nos vimos estava empolgada a preparar o casamento. Prometi visita a Benguela para conhecer o novo apartamento, a nova vida. Visita essa que nunca aconteceu porque a vida me trocou as voltas. A ultima vez que falamos esta tinha-se livrado do fantasma "F" que a perseguia a ela e ao namorado. Tinha cortado amarras também ela com o passado e estava a começar uma nova vida que se iria iniciar dali a uns meses com o casamento. Nunca cheguei a receber o convite como prometido. Tive de me afastar dela e dos que me diziam algo por motivos que agora aqui não interessam (talvez um dia).
 
Imaginava-a casada, talvez com um filhote, mas feliz e nunca da maneira que me vi confrontada ontem. A Ana morreu à 4 anos. 1 ano após casar. Morreu numa estrada de 30 km entre Lobito e Benguela porque um carro que se atirou para cima dela. Não teve hipótese de sobreviver. Ninguém a deixou ter a segunda chance que ela desejava.
 
Um fim de semana que tinha tudo para ser feliz deixou-me com um gosto amargo na boca, com vontade de ir a Benguela dar um abraço ao marido, dizer que estamos aqui por ele mesmo ao fim de 4 anos. Mas não posso, não podemos, pelo menos para já. Enquanto não fizermos as pazes com o passado Benguela continua a ser um sitio "proibido".

As vidas perdem-se e nós só temos de aceitar o facto. Mas que fiquei em choque fiquei e ainda ontem à noite o meu ultimo pensamento foi para ela. Para a minha primeira companheira de Angola, aquela que me ajudou a suportar 2 meses longe do meu amor.
  

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O dia em que o nosso coração quebra pela primeira vez

Ontem após o jantar, enquanto o pai assistia ao FCP-PSG eu e a M ficamos sentadinhas na sala. Eu a ver o telejornal e ela enroscada em mim a ver o Dumbo - filme favorito do momento - no DVD.
às tantas abraça-se a mim com toda a força do mundo e começa a chorar baixinho encostada ao meu peito. Aflita perguntei o que se passava. Alguma dor, alguma birra, sono talvez. Levanta os olhos cravados de lágrimas e só me pergunta:
 
"Mamã não me deixes. Não me deixes nunca. Não me abandones. quando o mano M nascer posso continuar a ser o teu bebé?"
 
Naquele instante o fiquei sem chão e só consegui chorar agarrada a ela. Triste e com um nó na garganta por ela se sentir perdida e por eu estar a tentar de tudo para a prender a mim e transmitir-lhe segurança. Orgulhos por ver a minha M tão crescida a ser novamente bebé mas a mostrar sentimentos. Mostrar que o coração e a cabeça dela estão confusos mas que a confiança que tem em mim é tão mas tão inabalável que consegue abrir-me o seu coração pequenino no estado mais puro que existe.
 
Apesar do barrigão peguei nela, embalei-a e disse que será o meu bebé para sempre. Tentei explicar que o meu coração é grande e cabem lá todas as pessoas importantes. E que ela é a mais importante de todas e sempre o será. Disse que o mano M vai ser importante na minha vida, mas ela será sempre a primeira. Disse isso de coração porque é o que sinto! Não menti e fui sincera com ela.
 
Expliquei que quando ela for maior e tiver os bebe´s dela vai compreender melhor e que da mesma maneira que gosta do pai e da mãe igual. As mãe e o pai também podem gostar igual dela e do mano M.
 
Passamos a noite nos mimos, com choro pelo meio, com abraços e promessas de nunca nos separarmos. Adormeceu tranquila.
 
Eu? Eu tenho o coração partido em mil bocados e ando a tentar colá-lo. A minha bebé está a crescer e o saber que os sentimentos começam a despontar e que não a vou poder proteger nem acalmar aquele coração inseguro para sempre.
 
 


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Os pratos da balança

Como em todas as decisões na vida temos sempre de pesar os prós e os contras das nossas atitudes, das nossas decisões e assumir a decisão que poderá mudar a nossa vida para sempre. Eu assumi a minha aos 25 anos. Quando ainda me sentia muito menina dos meus pais e quando ainda precisava de mimo. A decisão já martelava à muito na minha cabeça. Talvez desde sempre até pois sempre me imaginei em aviões e a ter o aeroporto como uma segunda ou terceira casa. Apenas pensei que o meu porto seguro seria para sempre em Portugal e a vida nisso trocou-me as voltas. Não sai antes porquê?

Não foi por falta de oportunidade. Foi porque a minha pessoa, a minha avó/mãe na altura era vida e eu não me sentia capaz de cortar o laço que nos unia. Não conseguia e não queria. Por ela abandonei um Erasmus a 1 semana da partida. Por ela passei as aulas para regime nocturno, abandonei temporariamente um emprego em part-time para a acompanhar no último ano de vida dela. Na altura a balança pesou para ficar e eu fiquei.

Em Junho e com 25 anos, exactamente 1 anos após a sua morte tive a primeira entrevista para iniciar a minha viagem. Por sorte ou por "obra dela" fiquei logo colocada e em Outubro soltei as amarras do meu cais e deixei-me vir. Deixei pais, namorado, irmãos, família. Deixei os abraços diários e os beijos repenicados da família a troco de experiência profissional, mais salário mas acima de tudo mais oportunidade de evolução e reconhecimento do meu trabalho. Deixei um emprego estável (ia passar aos quadros) por uma maluqueira como me disseram na altura. Fiz o meu destino e peguei a MINHA vida e coloquei-a nas mãos que quem melhor sabe olhar por ela. EU!

Não esperei ajuda do estado, nem de ninguém. Não esperei por pena ou simpatia. Apenas pedi que aceitassem as minhas escolhas. E que me apoiassem caso fossem meus amigos e família de verdade. O pior dia da minha vida foi o dia em que embarquei naquele avião. Tremia e chorava. Sem saber o que me esperava à chegada. Mas tentei (se bem que sem sucesso) engolir as lágrimas e vim viver a minha vida. Na altura tinha a esperança que ao voltar teria à minha espera as pessoas que realmente iria valer a pena abraçar. Quem não estivesse lá tinha por fim mostrado que deveria ser riscado da minha vida. O meu maior medo era perder o G, mas sabia que esta distancia também iria servir para reforçar o que existia entre os dois, ou para quebrar de vez a relação caso a este fio fosse fraco.

Ao fim de 2 meses ele estava cá à minha espera. Aliás estava já de passaporte na mão e malas feitas pronto a embarcar nesta minha, agora tão nossa aventura. Saímos na altura em que já se falava em crise. Não estará Portugal em crise desde sempre?

Assistimos a negócios do arco-da-velha, a contractos ruinosos feitos pelo “nosso” governo, assistimos à queda de um governo e ao nascimento de outro. Assistimos a manifestações. E o que fazemos? Rimos. Porque para nós Portugal tem o Governo que merece. Portugal tem o Governo que os Portugueses escolheram. Toda a gente se queixa da chico-espertice dos governantes e políticos. Mas será que fazem o certo?

Acredito que exista pessoas boas em Portugal. Pessoas que se interessam e que pagam os impostos e tudo o que devem pagar a bem da evolução do País. E os outros? Os que vivem à mama dos subsídios, os que têm esquemas onde descontam salário mínimo mas vivem em cascais, ou na quinta-do-conde e têm uma colecção de mercedes à porta? E aqueles que dizem não que trabalhar e andam a fazer perninha nas obras, nos biscates ou nas limpezas? Pois ninguém fala deles. Mas não serão estes a maioria? Aqueles que atiram pedras ao Governo mas que depois também têm telhados de vidro.

O que o Governo faz apenas é um aumento para grande escala do que os Portugueses fazem. Olhar apenas para os seus umbigos e tentar tirar o máximo de vantagem em proveito próprio de toda e qualquer situação. Quando o povo resolver ir ao centro de emprego ou segurança social e informar: “Tirem-me das listas de desemprego, tirem-me o RSI, afinal eu trabalho, eu produzo, eu quero participar activamente na economia e desenvolvimento deste país”, nesse dia poderemos exigir mundos e fundos do nosso governo e poderemos enfim começar a atirar pedras. Aí sim os senhores governantes abrirão os olhos e verão que já não estão a gerir um povo, inculto, ignorante e que só olha para o umbigo.

Neste ultimo ano tenho sido atacada, contestada por amigos, família e conhecidos. Todos me acusam à boca cheia que só falo assim porque estou bem na vida. Tenho contrato, tenho boa vida ponho comida na mesa para sustentar a minha casa. Sim tenho isso tudo.

Mas o que eles se esquecem é que não tenho um beijo da minha mãe todos os dias. A Matilde está a crescer sem avós. Vejo o meu avô ter um AVC, perder uma perna por causa dos diabetes. Perder a outra perna e entrar em depressão. Viver com o coração nas mãos sem saber se irá sobreviver até ao dia da próxima viagem. Deixe a minha irfilha com 15 anos, numa altura que ela mais precisava de mim. Sim também eu pago um preço. Não um preço monetário mas um preço sentimental. Qual valerá mais. Será menos válido só porque não esse preço não é contabilizado com vil metal?

Oportunidades todos temos. Resta a cada um de nós pesá-las na balança e ver qual a atitude que deve tomar. Pegas na vida nas próprias mãos e deixar-se de queixar do que a vida não lhes dá. E não me venham foder a cabeça com o “tu não percebes”. Percebo até bem demais.

Percebi-o há 6 anos e sei que na MINHA altura tive coragem e arrisquei. E a vida apenas me deu o que dela eu exigi.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

12/10/2012

Temos viagem marcada para este dia. O dia em que tudo vai mudar. Quando regressar a Angola será na condição de mãe de dois e tudo indica que com um Part-Time Job.
 
Só que as contracções estão a apertar. Os sintomas de parto já começaram a ameaçar. E Nós temos medo. Não temos medo que nasca a 13 de Outubro já em Portugal e com apenas 31 semanas. Na Europa podemos esperar por milagres, podemos ter esperança que o M sobrevive com tão pouco tempo de gestação. O nosso medo é que não consigamos chegar a dia 12. Que o M queira nascer aqui a toda a força. E este medo deixa-nos o coração pequeno.
 
Vamos reforçar o descanso, esperar pelo "chefe" que chega amanhã. Vamos ponderar alterar os planos iniciais. Vamos tentar fazer de tudo para termos um final feliz. Para que quando voltarmos a Angola sejamos 4. Porque desde Abril/Maio é isso que somos. Quatro. E só assim sabemos ser felizes.

Fim-de-Semana em Imagens - W38


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

ZAP

O G está na sala a ver o Paços de Ferreira - Benfica.
O que tem isto de interessante para constar no blog.
Parece-me que a ZAP só pagou os direitos de imagem, por isso o jogo está a ser visto ao som de nusica ambiente (sim aquela pirosa que costumam por quando a emissão é suspensa). Pachorra mesmo só para um grande amante de futebol (e que por acaso nem é do benfica).

Será que é a isto que chamam amadurecimento?

Deixei de ter pachorra para a simpatia de borla. No outro dia confidênciei pela primeira vez uma situação que me perseguia à muito e senti-me mais leve.
Deveria ter por volta de 17 anos e na faculdade, numa qualquer cadeira de psicologia ou uma merda do género (sim antes de ser engenheira tive um ano com a mania que era artista e fui estudar cinema) tiramos um papelinho de uma tombola e tínhamos de descrever a pessoa em 3 palavras. Aos poucos lá fomos correndo colegas sempre com palavras carinhosas e delicodoces. Quando chegou ao meu papel (que por acaso tinha ido parar à mãos de uma das gajas que mais curtia na sala levei um baque.
Fria, Orgulhosa, Arrogante!
Fiquei a olhar para a sala à ver quem teria tamanhos defeitos e nenhuma virtude (no meu ponto de vista claro).
Em menos de 5 segundos várias vozes se levantaram. MARY! E eu só pensava: Estes gajos estão doidos!! Mas afinal não. Era mesmo a minha descrição. Senti-me aos poucos a encolher, a ficar pequenina, sentir o chão fugir debaixo dos pés não é coisa agradável de sentir num anfiteatro cheio de pessoal. E nos filmes de cinema deles eu seria para sempre a vilã.
O que eles não sabiam é que eu era a tímida, a envergonhada. Que estava em cinema, com 17 anos, que era virgem, que não fumava ganza, que não andava a percorrer as caves obscuras do Porto. Daí ser diferente e não saber como me encaixar naquele "mundo" tão novo para mim. Ter a ânsia de me sentir enquadrada no mundo deles sem perder os valores porque sempre regi a minha vida (menina de coro criada em colégio de freiras).
 
Desde esse dia a minha vida mudou. Mesmo quando queria chorar sorria. Sorria para toda a gente. Perdi a capacidade de confiar na minha primeira impressão que sempre tinha sido tão certeira. Perdi a capacidade de ser genuína e só amar quem o meu coração ditava. Durante todos estes anos vivi no dilema de ser simpática para as pessoas, mesmo quando não as gramava. Porque queria passar uma imagem diferente, porque queria que não me vissem como a vilã. Queria que as pessoas se lembrassem de mim pela positiva. Como aquela que ajuda, que está sempre disponível, que nunca diz não. Mesmo que isso me estivesse a matar aos poucos. Passei a viver não a minha vida mas através do reconhecimento dos outros.
 
Havia alturas que sufocava. Porque pensava que algumas pessoas que me olhavam bem nos olhos conseguiriam ver algum do fingimento. Que me iriam topar à distancia. Então mentalmente vinham as ordens: Sorri, fala muito, concorda com tudo o que dizem. E assim fui vivendo com medo de magoar e ser magoada novamente.
 
Esse baque perseguiu-me até à umas semanas atrás. Quando finalmente o verbalizei. Quando decidi que era tempo de expulsar os demónios que habitavam aqui à muito. 
 
E o que senti? Alivio. Porque as pessoas têm de gostar de mim pelo que sou e não pelo que querem que eu seja. Porque eu sou simpática, sou solicita, sou amiga para quem realmente merece fazer parte da minha vida. A vida tem mostrado que os amigos que nos conhecem realmente ficam para a vida. Quem estejamos a 1km ou a 8000 km de viagem. Os amigos metem-se num avião assim que podem quando sabem que outro amigo a 8000km de distancia tem a vida a ruir. E vai sem cobrar nada, apenas para o ajuda a erguer novamente as paredes e a limpar os estilhaços que a guerra deixou. Os amigos preparam o coração e a casa dias antes da chegada para que quem chegue se sinta em casa. Tudo isto sem cobranças, sem exigir nada em troca. Apenas pela companhia e pelas risadas.
 
Os outros, aqueles que tentei agradar ao longo dos anos já cá não estão, já não fazem parte da minha vida. Desse ano num Mundo que não era o meu não ficou ninguém. Foi um ano vazio (valeu apenas para conhecer o G que também não fazia parte desse mundo). Um ano com lembranças boas e lembranças más, mas que não me trouxe ninguém para o presente e muito menos para o futuro.
 
Finalmente sinto que cortei as amarras com este passado que me perseguia. O amor que tenho está agora muito melhor direccionado. Para quem merece, para quem me merece.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Nome ou Cognome?

A M quer mudar de nome. Desde terça feira na escola que não quer ser chamada de M e se a chamamos ela não responde. Qual o nome de eleição? Graças às ideias do papá a M informou oficialmente que quer passar a ser chamada de: ADOLFA DIAS!!!!

Apesar do descanso

Não consegui cumprir a 100% logo ao segundo dia.
Afinal ontem foi tolerância de ponto e tivemos dia livre para podermos assistir à tomada de posse do Presidente.
E que fiz eu? Fiquei em casa? Népias.
  • Pequeno Almoço na pastelaria;
  • Visita à base militar. G foi levantar um peça que vinha num avião  e eu e a M fomos ver os caças a levantar voo (rasgar os céus);
  • Armazém do G para deixar a peça e aproveitar para comer uns rebuçados e fazer uns desenhos (a M e não eu);
  • Intenções de ir comer uma lagosta ao Namibe, mas a viagem foi cancelada para os lados da Humpata. Fila enorme de transito e nós sem saber onde a dita iria acabar (seria óbito, casamento procissão? Nunca o saberemos) e M com uma birra descomunal;
  • Inversão de marcha e apanhamos a estrada rumo a Ondjiva (parámos ao km 14) num Lodge de avestruzes. Piscina suja o que fez logo abortar as ideias de banho refrescante. Valeu pelo Parque infantil e a sombra do bar para beber uma cola geladinha;
  • Avestruz e atacar o G por este ter invadido o seu espaço e M atrás dos perus porque queria trazer uma para casa para fazer arroz (What????);
  • Volta ao Lubango, passar em casa a correr e ir piscinar e almoçar para um dos hotéis da cidade. M feliz, eu e G no relax a ver o pessoal a fazer casting para o "Bounce" (So you think you can dance Angolano);
  • M feliz a comer a minha sopa, e as minhas batatas fritas;
  • M descarada a ir ter com os moços do Bounce e perguntar "Vocês sabem dançar? Então ensina só ya?" Moços a dançar e ela dengosa a fugir deles;
  • Voltar para casa e olhar para o relógio e ser APENAS 15:30. Dormir uma soneca no sofá. Estar cansada (qb) mas feliz.
Foi um dia preenchido, mas quando estamos com quem amamos o cansaço passa ao lado e chegamos ao final do dia a pensar que estaríamos muito mais cansados se tivessesmos passado o dia no escritório longe da nossa piolha.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Ontem consulta das 28 semanas (ou everia dizer 30 semanas + 4 dias) uma vez que pelo andar da carruagem vou parir um leitão?

Recomendação: Para poder viajar em Outubro tenho de fazer repouso à força. Apartir de hoje trabalho em part-time e descanso redobrado durante a tarde. 3 semaninhas desta "dieta" para poder estar fresca e fofa no grande dia do regresso a Portugal.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Let the games begin!

Ou no meu caso as contracções!

Os pratos da balança

Há muito que as ideias estavam a amadurecer na minha cabeça. A ideia de após a licença de maternidade solicitar à empresa trabalho em part-time (com a devida redução salarial claro) para poder gozar esta ultima maternidade (assim o espero). Aproveitar desta vez o tempo para ver a interacção entre os 2 irmãos. Aproveitar ao máximo esta ideia de mãe de dois.
 
Tinha pensado muito nisso. Queria muito, mas pensava na vida em Angola. No team-work entre mim e o G idealisado à 6 anos. Na equipa que formamos e que não queria quebrar. Pensava nos nossos objectivos e isso passava por trabalhar.
 
Hoje ao pequeno-almoço tive o meu momento de felicidade desta gravidez. Quando ele sugeriu para bem da família e da nossa felicidade como pais abdicarmos de parte do salário (neste caso o meu) durante 1 ano para eu poder usufruir do papel de mãe a quase tempo inteiro que nunca tive. Para poder aproveitar as gracinhas deste ultimo bebé que habitará na nossa casa. Para termos jantares a tempo e horas, tempo para retiros espirituais e/ou aventureiros. Para dar uma de mãe preparadora de picnics à sexta-feira à tarde e podermos zarpar sem destino assim que o relógio der as 17:00.
 
E mais uma vez, sem falarmos e sem debatermos este assunto, os nossos corações encontraram novamente o mesmo caminho, as mesmas decisões. As decisões que tomamos juntos à 13 anos e que nos tornaram o que somos hoje. Uma equipa. E que grande equipa que nos tornámos.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Os sonhos da M

Depois de um fim de semana em cheio em que vi os olhos da M brilharem de uma maneira nunca antes vista (primeira vez de brincadeiras com amigos meninos) é tão bom vê-lá sonhar alto e a rir-se ainda com mais vontade.

Hoje no caminho infantário-casa começaram as gargalhadas. Perguntei o porquê de tamanha felicidade e cara de safada que só ela sabe fazer.

Confidenciou que esta a imaginar uma viagem a Portugal com o P e o A. Os pais iam à frente no avião e eles iam atras. Todos juntos a brincar e a pregar partidas às senhoras do avião.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

CR7

Afinal o rapaz andava triste e com motivo. A prima está na Casa dos Segredos!



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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Amizades blogosféricas

No proximo fim de semana vamos receber visitas. Não sei se já nos podemos considerar amigos pois tudo se limita à blogosfera...
Em Portugal se calhar as nossas vidas nunca se teriam cruzado. Mas em Angola tudo é possivel e parece que nos viemos encontrar a 8000 km de casa. Dos nossos lares.
E Apesar de ainda desconhecido é tão bom fazer planos e imaginar 4 dias de brincadeiras entre miudos. Ajudar a L a Relaxar e a deitar para tras das costas os problemas!
Angola também é isso é fazer dos amigos (mesmo que virtuais) a nossa familia e recebe-los de braços abertos como se já os conhecessemos à muitos e longos anos.

Gestão do Tempo

Pois que eu Achava que precisava de gerir melhor o meu tempo.
Pois que eu pesquisei na internet cursos que me ajudassem a gerir o meu tempo da melhor maneira.
Pois ainda que eu encontrei o curso e decidi inscrever-me.
Pois que o curso termina daqui a 2 dias e eu ainda tenho 2 (DOIS) módulos completos para terminar.
Pois que eu estou tramada.
Pois que eu acho que na teoria até posso aprender a gerir o meu tempo.
 
Mas daí a passa-lo à pratica parece que vão ser outros "quinhentos".

Quem é que eu quero enganar?

Tentei não falar aqui da minha filha. O que aconteceu? Posts mensais e ás vezes nem isso. Se é para falar da minha vida tenho obrigatoriamente de falar da coisa mais importante que ocupa os meus dias! Não vai ser um baby-blog porque ela já não é bebé. Será o Blog da minha vida. E isso tem de incluir TUDO  que faz parte dela. quem gostar é bem vindo. quem não gostar pode ir cagar à mata e já agora limpar o cú às urtigas.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Carta Aberta - Publicada a 16/07/2010

Tens um ano! Fazes tudo aquilo que é típico de um bebé. Gritas, fazes birras, choras, sujas a casa, sujas-te a ti e a mim, desarrumas todos os brinquedos, apontas para tudo e só ficas satisfeita quando eu te digo o nome do objecto, assoas-me o nariz 500 mil vezes e fazes o mesmo ao teu narizito pequeno, puxas-me os cabelos, babas-me cara, pedes bolachas, maças, tangerinas, papa, sopa e pão sempre com o eu dedo pequenito mas persistente a apontar para os teus desejos, corres a casa toda de gatas e ficas com os joelhos negros, brincas as escondidinhas, mostras-me a barriga para eu dar beijos barulhentos, foges de mim, voltas pra mim… E eu o que faço? Acalmo-te os gritos e as birras, limpo-te as lágrimas e beijo-te os olhos, limpo-te a ti e a mim e ficamos as 2 a cheirar a toalhitas, arrumo paciente todos os brinquedos apesar de saber que o destino deles no dia seguinte está traçado, ensino-te pacientemente o nome de todos os objectos para satisfazer a tua curiosidade, finjo que me assoas e rio-me quando me imitas, tiro-te o cabelo da mão e ralho contigo porque magoas a mamã, limpo a baba que deixas-te nos teus beijos ainda desengonçados, dou-te tudo o que pedes porque és uma excelente boca e gostas de experimentar novos sabores, limpo-te os joelhos com as toalhitas, escondo-me de ti e a seguir corro para te apanhar (adoro ouvir os teus risos de satisfação), dou beijos repenicados nessa barriga linda agarro-me a ti e ficamos assim nanossegundos e transformo-os em eternidade. Porquê? Porque um dia, quando fores crescida, já não vais querer beijos, não vais querer abraços, vais ser independente, já não vais querer que seja eu a ensinar-te. Vais-te convencer eu não precisas da mãe para nada. Mas estarei sempre cá, para os bons e maus momentos. Vai ser uma fase passageira (chamam-lhe adolescência) e depois vais voltar para mim, mas já mais senhora, mais crescida, mais para me apoiares a mim do que eu a ti. Nesse dia em que fores independente (ou julgues ser) não me quero arrepender de todos os minutos que deixei passar em banco e não aproveitei a tua mãezite aguda. Não quero pensar que te ignorei, que me irritei por coisas que afinal são típicas da idade. Quero que tenhas uma infância feliz e cheia de recordações assim como eu tenho da minha. Cheia de cores, cheiros e sorrisos!!!! Quero que digas “A minha mãe é a melhor mão do Mundo.”

O meu Manel

Começo a chegar À conclusão que o meu Manel não gosta mesmo de trabalhar! Se fico em casa no bem bom ou no laró o puto dá-me unas dias de sossego e calmaria. Agora sempre que alapo o rabo na cadeira do escritório parece que tenho flechas a serem cravadas na barriga.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Isto das doenças

tem muito que se lhe diga.
 
Há 3 semanas (ou mais bocadito vá lá) comecei a ler o "Amor em tempos de Cólera" e que se passou de seguida?
 
Há 3 semanas que toda eu sou doenças e maleitas. Algumas delas acredito mesmo que me vão atirar ao chão e derrubar. O G diz que a minha doença é ler demais. Eu digo que a minha doença é identificar numa Angola do sec. XXI, alguns falta de habitos de higiene das Caraíbas no sec. XIX.
 
Pelo sim pelo não nunca irei ler o "Diário do Jack o Estripador" ou ainda corro o risco do dom marido e filhos abalarem la de casa com receio do meu comportamento.

Isto do petróleo

tem muito que se lhe diga!
 
Portugal está doido com a possibilidade de ter petróleo e gás natural. Porquê? Irá gerar empregos e melhores condições de vida para os Portugueses? sinceramente não sei em que é que a minha vida poderá melhorar com esta situação. Irá o preço dos combustíveis baixar?
 
Na minha opinião e caso se confirme apenas vai dar azo a mais desgoverno, a mais cunhas, a mais uma ou duas fundações criadas, a mais contratações em cima do joelho, a mais aquisições mirabolantes. Os políticos vão poder respirar de alivio. Mar irá Portugal chegar ao nível de uma Finlândia ou Noruega? Não me parece! Iremos mais depressa ficar ao nível de uma Republica das Bananas das Caraíbas...

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Coisas de que não vou ter saudades quando partir #001

Este post está aqui nos rascunhos há muito tempo. Talvez até tempo demais. Não sabia se o deveria publicar ou não porque não queria ferir susceptibilidades ou falar mal da terra que me acolhe tão bem vai para 6 anos.
 
Depois de ponderar resolvi publicá-lo porque amo esta terra mas também ainda fico chocada com alguns comportamentos.
 
Ás vezes ao passarmos de carro ou a pé vemos pessoas estendidas na rua. Caídas à sua sorte. Não sabemos em que estado estão. Se pararam a descansar de forma estranha, se estão a curar uma bebedeira ou se pior ainda estão mortas. Estão ali deitadas na beira da estrada, ou no meio do passeio sem que ninguém as olhe, sem que ninguém pare para perguntar se está bem ou precisa de ajuda. Ás vezes voltamos a passar mais tarde e já lá não estão. Ficamos para sempre a pensar se terá acordado e seguido caminho, ou se o carro passou para as apanhar (para as levar para a morgue ou para a família). Outras vezes passamos e a pessoa continua na mesma posição estática como se ali naquele momento o tempo tivesse parado. E nós continuamos a não parar, a desviar o olhar e a seguir a nossa vida.
 
O peso que levo na consciência é grande, mas há 6 anos que sou educada para não parar, para não perguntar a não ser que conheça a pessoa e a área. Porque não se sabe se aquele corpo inerte é verdadeiro ou emboscada. Por isso continuo a seguir a minha (nossa) vida indiferente aos corpos que vou (vamos) encontrando pelo caminho. Ás vezes o coração aguenta e tolda-me a visão. Outras vezes vemos com os olhos e o coração. E essas vezes marcam a nossa vida para sempre.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Sonhos

Todos temos planos, eu pelo menos tenho muitos e a maioria deles concretos. Só não sei quando se irão realizar. Até à data a vida tem-se encarregado de os tornar realidade no tempo certo. Sem pressas, sem correrias e sem por a carroça à frente dos bois. Acontecem quando têm de acontecer e nos momentos mais certos da minha nossas vidas.
É por isso que quando a mesma ideia, o mesmo plano teima em aparecer à frente e quando o mesmo acontece já por 2 vezes no espaço de 2 semanas não posso deixar de pensar: Estará na altura de partir para esta ideia? Estará na altura de retomar ideias antigas e deixar a fase do presente pertencer de vez ao passado?

Espero até Março ou lanço-me de cabeça, de corpo, de alma, de barriga de 6 meses nesta nova aventura que ainda agora se começou a formar?

Ás vezes

Ás vezes, como hoje por exemplo, penso no que poderia ter acontecido se tivesse feito tudo de maneira diferente. Se os nossos caminhos teriam continuado a cruzar-se ou se pelo contrário estariamos exactamente como hoje.

Ás vezes, como hoje por exemplo, arrependo-me. Não das decisões que tomei, mas antes de não as ter tomado de todo. Por consideração a amigos fiquei sem saber o que poderia ter acontecido.

Ás vezes, como hoje por exemplo, essas incertezas corroem-me por dentro e magoam-me. E nem o amar o que hoje tenho me faz esquecer esta incerteza do "E se?".

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Venho para aqui e deixo a página de nova mensagem em branco durante longos minutos sem saber o que escrever. Sim existe tanto para escrever e pouca ou nenhuma vontade. Habituei-me a ter um blog visitado pela familia e isso impedia-me de dar asas à minha vontade. Hoje com um blog perfeitamente desconhecido os medos antigos toldam-me a lucidez dos pensamento.

Parei em Maio. Junho foi o mês dos aniverários. Mais dos das perdas do que dos ganhos. Neste mês durante diversos anos perdi batalhas, perdi guerras, perdi amigos, perdi familia. Há 3 anos e contrariando as espectativas este mês trouxe-me a M. Um dos principais motivos pelo qual a vida passou de novo a fazer sentido. Este ano, novamente em Junho estive proximo de perder algo que trazia comigo e que já me aquecia o coração.

Julho foi o mês das férias. De muito mimo, muito sushi, muitos passeios, muito descanso. Se deu para carregar baterias? Nem por isso. Se me deixou com um gosto de pouco? Muito!

Entro em Agosto cansada, desanimada, com vontade de me ir embora de Angola, com vontade de passar o dia a cheirar a minha cria, com vontade de namorar e conhecer o mundo. Mas a vida nem sempre é como queremos e temos de a encarar assim.

Angola neste momento dá-nos aquilo que outro País não pode dar. E também nos da uma felicidade especial. Sei perfeitamente que sou muito mais feliz aqui do que seria a trabalhar em Portugal. Tenho aqui a qualidade de vida que me fugia em Portugal, mas...

Mas portugal agora só nos lembra férias e as coisas boas da vida. Angola lembra-nos as obrigações, o trabalho e a responsabilidade. Nesta fase em que volto a ser criança preciso de férias grandes, com salitre por todo o corpo, com noites longas e estreladas, com o sol a queimar-me a pele e o cloro a arder nos olhos.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Será?

Será que a vontade de voltar a escrever está a voltar?
Será que agora estou mais feliz do que era há uns meses atrás?
Será que está na hora de mudar?

Eu quero voltar, quero ser feliz (ainda mais), quero ir embora e quero ao mesmo tempo voltar. Conversa da treta dizem uns, depressão dizem outros. Outros arriscam mesmo um queres é atenção.

E eu? Eu não sei o que quero. apenas sei que quero escrever coisas sem nexo, quero partir para algum lado, quero ser ainda mais feliz.

terça-feira, 29 de maio de 2012

O pai dos meus filhos é melhor que o dos teus #2

Numa das vigens PT-AO:

Olha não te esqueças de levar o frasco de Nutella Mustela da M que está na banheira.

O pai dos meus filhos é melhor que o dos teus #1

Agora deu a sugestão do filho (em caso de ser do sexo masculino) se chamar Adolfo.

Ainda lhe perguntei se anadava com fetiches Alemães por trabalharmos numa empresa Germanica.

Népias. Achas que o nome próprio joga bem com o nome de familia.

Adolfo Dias!


Deu como alternativa Rudolfo uma vez que nasce no natal.
Só me saem duques!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

A Sul nada de novo

Continuo bloqueada, feliz mas bloqueada.
as vezes quero escrever mas depois as palavras não fluem. Não quero transformar isto no BB e não me apetece expor aqui coisas sobre a gravidez. Se estou feliz? Muito, se estamos felizes? Estamos estasiados, mas queremos manter este estado de excitação apenas para a M que está a delirar com a ideia de um mano mais novo. Afinal vai ser a irmã mais maior, vai querer dividir o quarto, vai ser a princesa e ele o principe. Sim ela já "escolheu" que quer um mano.

Vejo a excitação dela, os planos que uma cabeça de 3 anos podem fazer e vivo a felicidade dela de uma maneira especial. Vivo sem presas, um dia de cada vez. Não estou a gostar desta gravidez pelos azedumes que me tem trazido, mas também não gostei da primeira. Gosto sim de os ter comigo aqui ao meu lado, de lhes ver o rosto, de os cheirar e de saber que são meus (e um bocadinho do Mundo vá). Gost que interajam comigo, gosto de os ajudar a construir castelos no ar e na areia. Gosto de voltar a ser crianças com eles e por eles.

Perdoem-me as gravidas inveteradas, mas não gosto de estar grávida, de vomitar, de engordar, de não dormir e de me sentir um burro de carga. Dispensava estes nove meses na boa. Mas isso sou eu que não bato bem da cabeça. Esta fase para mim não é de graça é de desgraça!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Ausência

Há precisamente 2 meses que parei de escrever. As palavras sumiram e eu senti-me ir abaixo aos poucos. O meu estado anímico andava pelas ruas da amargura.

Sarcasmo passou a ser o meu segundo nome e irritação o terceiro. O primeiro era mesmo má-disposição.

Não me morreu ninguém, o Mundo não estava prestes a acabar, não houve catástrofes pessoais ou mundiais, não vi a luz e decidi mudar radicalmente, eu continuei por aqui sem grandes mudanças na minha vida (pensava eu). O mundo estava igual, eu é que não me sentia igual. Senti-me pior e depois sem vontade de nada (só de dormir).

As ultimas semanas foram um turbilhão. Entre pai internado a 8.000 km de distancia, avô com AVC e diabético tipo máximo, baby M um terror, trabalho a 1000, mãe depressiva, irmã revoltada, irmão desempregado, obras na casa angolana, o que menos esperava era um bebé na barriga, mas ele chegou. E com ele chegaram todos os sintomas, aqueles que nunca experimentei na primeira gravidez: sono, letargia, cólicas, enjoos, vómitos (fisiológicos e da alma também) e consequente perda de peso. Toda eu era uma incubadora de doenças.

Concluiu-se com uma possibilidade de aborto que só será posta de parte em inicio de Junho. Está quase. Estou quase a recuperar a minha vida. A recuperar o meu espaço. Tenho 9 meses de preparação e muita coisa para viver antes de hibernar em mais um parto. Tenho muito que gozar a vida. Apesar da viagem aos States ter sido adiada. Tenho muito que aproveitar porque esta será a ultima gravidez (caso tenhamos final feliz).

terça-feira, 20 de março de 2012

Mundo na palma da mão

Ontem mentalmente fiz uma lista com as cidades onde ainda gostava de viver. Não apenas visitar, mas viver. Fosse por um mês ou por anos não interessa. Países onde queria viver e conhecer a cultura, os hábitos, os costumes e a alimentação. Em miúda tinha 5 países em 5 continentes.

África/Moçambique - América/USA - Oceânia/Austrália - Ásia/Japão - Europa/UK

Agora olho para a lista e ela cresceu. Temos lugares como Namíbia, Zâmbia, Botswana, Singapura, Malásia, Brasil, China, Mauricias, Itália, Alemanha, a juntar aos 5 destinos originais.

Angola não foi mencionada mas apesar de inicialmente não estar contemplada agora percebo que tinha mesmo de ser o primeiro sítio, o nosso primeiro poiso.

Será que a vida nos vai dar a oportunidade de viajar e poder ter o privilegio de sermos uma parte do mundo? Tivemos a sorte de ter uma filhota ainda mais aventureira que nos e que se sente melhor no ar do que em terra.

Por insosso podemos colocar pés (ou asas) ao caminho
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Angola em Imagens



O por do sol de uma das janelas da sala. Aqui o céu parece sempre pintado a aguarela e nem com o cinza escuro das nuvens que ameaçam a cidade, a paisagem deixa de ser bela.

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segunda-feira, 12 de março de 2012

O colo que não te dei

Estou aqui com um aperto no peito depois de ler o artigo da jornalista Sónia Morais Santos da Noticias Magazine.
Ela escreve bem que se farta, mas estes temas dão cabo de mim. Deixam-me no chão. Chama-se "O colo que não te dei"  e ninguém nunca na vida deveria ter de passar por uma situação destas, muito menos uma mãe.

Angola em Imagens

O nascer do sol purpura das terras do café

Este foi um dos primeiro a que assisti. Lindo que só ele. Ficamos com a respiração suspensa a admirar a paisagem e a perguntar como é possivel o céu ter tanta cor. 
Tive de sair do carro, sentir os primeiros raios de sol na minha cara, sentir-me ser beijada pela brisa com cheiro a manga e café. Um bafo quente que nos aquece a alma e o coração. Um bafo que só se sente aqui em Africa, e do qual já vi muitas pessoas em Portugal a chorar de saudade.
Meu Deus fazei com que eu tenha oportunidade de continuar a vir a Africa quando a nossa vida de trabalhador expatriado acabar. Fazei com que eu possa nós possamos cá voltar para acalmar a minha nossa ansia e os meu nossos corações.



A vida numa caixa

Quando guardamos a vida numa caixa arriscamo-nos a perde-la e com ela vão informações e memórias importantes, algumas mesmo impossíveis de recuperar.
No final do ano passado roubaram-me o disco externo. Não o perdi. Estava na MEU gabinete em cima da MINHA secretária. Trabalho interno ou externo não sei, mas ainda hoje estou a contar o prejuízo.

Felizmente as fotos salvaram-se porque tinha outro back-up. Agora documentos em que já trabalhava à um ano nunca mais verão novamente a luz do dia. E isso irrita-me. Apesar das recompensas de 20.000, Kwanzas (200 USD) e promessas de não castigar ninguém, o disco não apareceu.

E eu fico bloqueada sempre que me lembro de um e mais outro ficheiro que lá estava armazenado e que nunca mais voltará a ser o mesmo, por muito que eu tente.





domingo, 11 de março de 2012

Ser pai é

Não gostar de trabalhos manuais, mas mesmo assim acordar cedo ao domingo para ajudar a cria a fazer o trabalho para o Dia do Pai.





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sábado, 10 de março de 2012

Mimo de Fim-de-Semana


Bolo arco-iris para alegrar o tempo enublado que assentou de armas e bagagens pelo Lubango.
Destestamos este tempo. Somos pessoas de sol e de praia.

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quarta-feira, 7 de março de 2012

ÁS VOLTAS

Ás voltas com a roupa com as possibilidades de remodelação do Porto de Abrigo. As voltas no escritório. Nem de perto nem de longe imaginam como isto está desorganizado. E o que é que a família mwangolé fez? Pois que foi acampar e jiboiar na praia com os amigos e  gozar o dolce fare niente.E ainda a ponderar entrar tudo no carro hoje às 20 e fazer 300 km para ir passar o Dia da Mulher à fazenda dos amigos. A ver vamos se não apagamos antes.


quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

VISTOS

Andamos com a cabeça a mil. A ver se fazemos um stand-by por um mês ou dois ou se então lutamos com todas as forças. Ambas as decisões são boas e ambas são péssimas ao mesmo tempo. Queremos estar cá e lá e isso já se provou ser impossível. Também nem sequer pensamos estar separados.

Irrita-me e entristece-me que ao fim de quase 6 anos de angola seja esta a resposta que nos dão. Tentem de novo o probabilidade de conseguirem é grande mas na nossa cabeça há sempre um mas.

Tivemos em 2011 a ultima prorrogação do Visto de Trabalho. Fomos sortudos porque tivemos 5 em vez de 3 prorrogações. Agora vamos começar o processo novamente. 

Se por um lado queremos ir a Portugal e estar lá junto de quem já trazemos no coração, por outro queremos dar entrada do processo aqui, ficar na nossa casa, no nosso canto. Desempenhar o trabalho para que somos pagos e ver crescer o nosso projecto. 

E enganem-se os que pensam que trabalhando para o Governo que é mais fácil porque não é. Temos de respeitar as mesmas leis e não há direito a cunhas.

Vamos esperando a ver se até 27 de Março temos um milagre.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

MY CHOICES

Giuliana Rancic in Basil Soda

Maria Menounos in Maria Lucia Hohan

Leslie Mann in Roberto Cavalli
Estes vestidos seriam aqueles onde me poderiam ver. Adorei outros mas julgo que não iriam favorecer a minha triste estrutura picolina. Amei de paixão.
Se ainda não me tivesse casado julgo que o vestido da Giuliana seria uma excelente opção para o grande dia.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Panos africanos

Em Janeiro quando regressamos a Angola resolvi vir carregada com uma maquina de costura. Uma amiga de cá tinha e as prendas de natal que ela fez com os panos africanos deixaram-me cheia de vontade de experimentar.
Cheguei a Portugal em Dezembro e comprei uma testando logo os dotes artísticos nos sacos das prendas de Natal. Toda a gente adorou a originalidade dos embrulhos.

Com os retalhos que sobraram resolvi fazer uma manta e um almofada para o dudu da filhota. Tem sido um sucesso no infantário e entre amigos.





Agora ando cheia de vontade de decorar um continha especial que criamos no jardim para a M brincar. Comecei com uma base para o banco. Também ela com tecido africano. Espero que seja apoio de muitas e longas brincadeiras.




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SAUDADES DE TI - Publicado a 01/06/2009


Faz hoje 4 anos que a minha mãe me telefonou e me disse que tinhas ido embora... Faz hoje 4 anos Que soube que a minha vida nunca mais ia ser a mesma Faz hoje 4 anos Que o meu Mundo desabou... Faz hoje 4 anos Que só me apetecia adormecer e só acordar quando tudo tivesse acabado... Faz hoje 4 anos Que não te vejo... Faz hoje 4 anos E as saudades são mais que muitas... Faz hoje 4 anos Sei que foi melhor para ti. Sei que já não tinhas saúde para aguentar muito mais... Mas mesmo assim custou ter de me separar de ti... Sim eu sou egoísta e queria-te aqui comigo até seres muito velhinha... Nunca tinha imaginado a minha vida sem ti... Pensava que ias estar sempre presente... Tinhas tantos sonhos... Ver-me a casar, conhecer a tua primeira bisneta... Mas não tiveste tempo para tudo... Ou se calhar eu é que fui a atrasada... Ainda hoje é difícil pensar em ti e saber que nunca mais te vou abraçar... Apesar de ter a certeza que estas sempre comigo... Que nunca me deixas na mão E que cada conquista que tenho o devo a ti que estas algures a torcer por mim... Tenho pena que não conheças a Matilde... Sei que a ias adorar e ela a ti... Mas tenho a certeza que tu já a conheces... E que zelas por ela da mesma maneira como se fosse eu... Tenho pena de não ter tido tempo suficiente para te agradecer tudo o que sou hoje... Faz hoje 4 anos que foste embora E eu não te agradeci o suficiente tudo o que fizeste por mim... Faz hoje 4 anos... Mas podiam ter passado 40 Avó... A saudade seria e será a mesma... 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Habituação

No inicio estranhei a dinâmica da "coisa" mas agora começo a acertar as agulhas. Após 4 meses de Ibicho começo finalmente a blogar deste lado.

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Há o encantador de cavalos, o encantador de cães e a encantadora de bebes

Eu tenho a encantadora de peixes

Em Dezembro aproveitamos uma mini estadia em Lisboa para visitar amigos aproveitamos e levamos a M ao Oceanário.
Se ela já era fã do aquário de casa dos avós, com este foi o autentico delírio.
Mais surpreendidos ficamos quando uma e outra e ainda outra vez ela se deitou no chão junto ao aquário e os peixes (em 2 das fotos tubarões) vieram calmamente ter com ela e por ali ficaram aninhados no mesmo embalo. E não foi apenas momentâneo. Na foto do meio estivemos mais de 5 minutos a apreciar o cenário. E a M foi a primeira a partir em debandada. Eles ainda por lá ficaram por uns segundos à espera da encantadora, mas ela já ia longe a tentar encantar as estrelas-do-mar e o polvo.


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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Segunda feira foi dia de princesas

E eu adorei ver a minha princesa a correr no parque à procura do seu cavaleiro. Estava feliz, estava livre e eu apenas sorri e voltei a ser criança com ela. Por ela.






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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Conversas da rádio #001

Entrevistado - Existem 2 tipos de perigo. O perigo móvel e o perigo fixo.
Locutor - Pode explicar melhor por favor.
Entrevistado - O perigo móvel é aquele que se move. O perigo fixo é o que está parado.


Referindo-se ao perigos na condução.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Angola em imagens

Cachoeiras do Keve

Vivi diáriamente com elas entre Outubro 2006 e Junho 2007. Quando cheguei disse que era a  paisagem mais bonita que já tinha visto na vida. Hoje depois de já ter calcorreado Angola de lés a lés mantenho a minha opinião. Por força do destino nunca mais lá voltei. Espero voltar lá um dia para a apresentar à filhota. Mostrar-lhe como são lindas e como é uma paisagem e um barulho de nos tirar o folego.
Hei-de lá voltar por ela, por nós e especialmente por mim. Porque por lá também ficaram algumas das minhas lágrimas no tempo que estive por aqui sozinha. Vou lá reencontrar as minhas lágrimas e os meus sorrisos.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Porto de abrigo

Hoje finalmente tornamo-nos proprietários do nosso Porto de abrigo. Já tínhamos um apartamento, mas este era o nosso sonho. Uma moradia antiga numa zona histórica para restaurar. Hoje foi o dia. Temos o nosso ninho a 800 m da praia de Matosinhos.

Agora e começar a filtrar as milhares de ideias que nos surgem todos os dias.



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Angola em Imagens


Rio Kikombo - Kwanza Sul

Que saudades do bitoque de lagosta da D. Paulinha.

Onde o bife é substituido por uma lagosta gigante grelhada com molho de manteiga e alho.

Porque eu amo todos os dias


Para nós hoje é apenas mais uma terça-feira. A sétima terça-feira de 2012. E que por acaso tem a sina de ser a terça-feira de 14 de Fevereiro.

Nós já somos casados, mas namoramos todos os dias. Por pequenos gestos e grandes carinhos. Namoramos ontem e vamos de certeza namorar amanhã e depois de amanhã.

O bom de Angola é que as lembranças de S. Valentim são simplesmente pavorosas, então limitamos a oferecer um ao outro o mesmo de todos os dias. Ok. vá lá hoje temos direito a um miminho. Vou preparar um jantar especial, acender umas velas e tentar que a filhota vá mais cedo para a cama. Vamos abrir um vinho (possivelmente da mesma marca do que abrimos no Domingo e saborear a companhia um do outro).

Vamos seguir o lema "Keep it Simple". Eu vou seguir o meu lema: "Love him till the end of my life".

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Aquando da minha ultima estadia em Portugal e devido à minha paixão desenfreada por compras mais concretamente tudo o que envolva trapos, sapatos e malas resolvi fazer um Style File com a Maria Guesdes.

Apensar de a querida Maria dizer que eu sabia bem o que queria na teoria, sozinha estava a anos luz de conseguir passa-la à practica. E ontem quandoabri o Style file fez-se luz! Tudo o que lá estava sugerido parecia escolhido à minha medida.

E eu que sempre pensei ser um Inverno, afinal sou um colorido Verão. That's so me! A Sunshine person.

Um amor que me ultrapassa

As vezes não demonstro mas eu amo-te. Não demonstro porque acho que tu sabes e sempre soubeste. Pelos meus sonhos deixaste tudo. Fizeste dos meus sonhos os teus, os nossos. Olhos para ti e penso que ao longo do dia não demonstrei o quanto te amo. Estamos sempre juntos, 24 horas em cada dias e seriam mais horas caso mais horas coubessem no dia. Trabalhamos, convivemos, moramos, almoçamos e jantamos juntos. Eu contigo e tu comigo. A maior para do ano só podemos contar um com o outro. Tornamos-nos apenas um com uma filhota linda e traquina. Estamos cá por ela. Estamos cá longe de tudo por nós. Porque o nosso sonho assim quis. Porque foi assim que decidimos ser felizes. Uns dias mais do que outros.
Para 2012 só espero continuar a história que já começou em 1999, sempre sem interrupções e sem contratempo.
O destino fez com que apesar da distancia convergíssemos ambos para o mesmo ponto. E é por aí que nos vamos  deixando ficar.
Damos mino, brincamos muito, e dizemos muitas vezes amo-te. Mas eu quero dizê-lo mais uma vez e outra: Amo-te. Mas já sabes disso. Já to disse mal abrimos os olhos de manhã.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Angola em Imagens


Serra da Leba - Lubango - Huíla


Quem me conhece bem sabe

Que eu movo este mundo e o outro por um amigo. Sou envergonhada. Sempre fui. As pessoas infelizmente nos dias de hoje não perdem tempo a conhecer-nos. Desde miuda nunca tive grandes amigas. Nunca fui popular. Do tempo do colégio conservo apenas uma grande amiga. As outras infelizmente perdemos os rasto ou ficamos pelas conversas de circunstancia. Quando vejo conhecidos com um rol de amigos do tempo de infância fico com um pouco de inveja. Gostava de ter continuado a alimentar as amizades. Mas nunca tive oportunidade de as alimentar.

As pessoas julgam-nos sem sequer nos conhecerem. Eu era a patinha feia, a miúda cabisbaixa, a envergonhada e sem sucesso com os rapazes. Para quê perderem tempo comigo? Para quê desperdiçarem o tempo a ser minha amiga? Mas eu valia a pena, só que o meu aspecto de introspecção afastou-as de mim.

Gostava que o tempo voltasse atrás e tentaria ser mais dada, mais extrovertida.
Na faculdade tudo mudou. Passei para um mundo de homens e ai ganhei amigos para a vida. ganhei um monte de irmãos. Onde eu era a mana caçula. Vivi anos incríveis. Dava-me bem com eles e com os respectivos progenitores. Depois chegaram as namoradas, os ciumes e uns quantos zarparam para outras paragens. Apenas um ficou. E ficará para sempre. Para os meus pais ele é um filho, para os pais dele eu sou uma filha. Somo amigos, somos irmão e sim é possível manter amizade um homem sem existir qualquer tensão sexual pelo meio. Ele é um dos que ficou e que estará sempre aqui como eu também moverei mundos e fundos para o ver feliz.

Tenho mais amigos e muitos conhecidos mas estes dois ficaram gravados no coração porque perderam tempo comigo. Porque viram que havia aqui uma carapaça que valia a pena quebrar. E eu fico feliz por eles continuarem por cá ao fim de tantos anos.

Com a ajuda do Facebook encontrei outros amigos/colegas que se perderam pelo caminho. Alguns deles sei que vale a pena investir na amizade. Vou-me aproximando aos poucos a ver se ainda não será tarde para retomar as amizades antigas. Vou-me aproximando para ver se desta vez a vergonha não bate à porta e se tenho coragem para recuperar o tempo perdido.



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

(des) organização

Aqui pelo trabalho, ainda não me consegui organizar. Para quem me conhece e sabe da minha mania de manter uma secretária limpa e em ordem, isto está o verdadeiro caos. Oh Deus porque não me fizeste dondoca e sem necessidade de trabalhar. Tenho imensos processos pendentes e os home crafts com preguiça de sair da gaveta.

Os projectos pessoais também andam ainda em stand-by. Não atam nem desatam. e ai que nervos que isso me dá. Só tenho vontade de mandar os atadinhos para a terra da mãe deles.

Sei que muitos dos meus pendentes não dependem de mim e isso deixa-me ainda mais furiosa por estar a esbarrar em procastinações alheias!

Vou direccionar os meus pensamentos para coisas positivas. Vou mas é espiar as novas colecções e perder-me nas compras on-line já que por estes lados os fashion statments andam pelas ruas da amargura.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Planos

Este ano tenho 3 planos. Delineei-os ao virar de um novo ano. Espero que este seja o ano.
Agora que me lembro nunca disse "este é o ano!".

Em miúda adorava fazer planos, mas depois a decepção de não os concretizar exactamente da forma que os imaginava, deitava toda a minha alegria por terra. Deixei de viajar e passei a viver um dia de cada vez. Em 2010 comecei a sentir-me frustrada porque sem planos não conseguia construir nada. Vivíamos o dia a dia e no final ao deitar-me sabia que no dia seguinte seria como fazer reset e começar tudo de novo. 2011 cansou-me.

Não me sentia em casa, não me sentia 100% feliz. Não me apetecia acordar de manhã. Em Dezembro fiquei mais pro-activa e comecei a desenhar os novas metas e sonhos.

2012 será o nosso ano. Será o ano de seguir as estrelas.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Finalmente amanhã sábado

Dia de dormir até mais tarde, acordar no meio de beijos e abraços da filhota e do marido. Toma um pequeno-almoço demorado a olhar a serra e com uma conversa lenta e aquecida pelo sol.

Depois começar a correria para a primeira mudança do ano. Em 2011 a casa Mangolé ficou quase toda decorada. Faltaram apenas 2 divisões. Amanhã será o dia de lhes trocar as voltas e transformá-las em parte do nosso ninho.

Vamos ganhar uma nova sala extra de Tv e um escritório. Let the games begin.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Shopping Addiction

E lá começo eu novamente. Chego a Angola e é ver-me feliz e contente a suspirar pelos cantos a percorrer todas as lojas on-line atrás de trapos e acessórios. Algumas coisas compro on-line e outras vou fazendo listas no IPad para quando for a Portugal tratar de ver e experimentar um sem numero de peças.

Azares do azares a maioria das nossas  viagens coincidem com saldos e as lojas estão um verdadeiro campo de batalha. Eu começo com os calores e com os fanicos e já com o coração a saltar-me pela boca lá venho embora de mãos a abanar. Quando volto a mim só consigo pensar "Mary Maria, concentra-te, inspira, expira, volta lá e procura. Hás-de encontrar o que procuras." Ando neste vai e não vai em que não consigo comprar nada durante as primeiras 2 semanas. Nem uma pecita, nem um acessório.

Quando começa a contagem regressiva para o regresso e já no desespero e ver-me batida no shopping a ver se algo me chama a atenção.
Ai sim com a pressão começam as compras. Calças, saias, sapatos, camisas e o que mais aparecer.
bato eu perna, bate o marido, bate a mamã e desta ultima vez até o meu pai arrastei para as compras.

E depois é ver-nos até ao último dia a andar de um lado para o outro a queimar os últimos cartuchos e no shopping até há hora de fecho para não nos esquecermos de nada.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Malas

Aliás eu detesto desfazer malas. A roupa vem enrrugada e toda desalinha por muito cuidado que tenhamos à partida. As vezes chego a pensar nas cambalhotas e "tombos" que  devem dar antes de nos chegar novamente às mão no final do percurso.

Desta vez tivemos sorte. Não houve revista, os milhentos shampoos e cremes não rebentaram ou abriram e a roupa não ficou a cheirar a comida (também não a trouxemos). Apenas umas muitas rugas que a nossa "Tia Maria" vai resolver na proxima semana. Agora é só esperar por final de Março para novo tormento.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Gostos

Gosto de escrever. Gosto do Mar. Gosto de aviões e de viajar. Gosto de moda. De roupa, de sapatos, carteiras, pulseiras, colares, aneis, chapeus, tudo. Gosto de chuva, mas também de sol. Gosto de cozinhar e de comer. Não gosto assim tamto de sobremesas. Gosto de salgados e não gosto de doces. Gosto de chá, de água e sumos. Estou a aprender a gostar de café. Gosto de verniz apesar de roer as unhas e não as pintar. Gosto de perfumes. Gosto de muita genta a quem nunca o disse. Gosto da vida mesmo nos dias dificieis. Gosto de muita coisa. Descobri até que gosto de costurar para a M e suas filhotas.
É provavel que este blog possa ser definido em mais do que uma categoria, ou então numa só. O Meu Blog. em que falo do que gosto. E nos dias não, falarei do que não gosto, como hoje por exemplo.

Não gosto de desfazer e arrumar as malas.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Angola 2007- Parte II - Publicado a 6/05/2011

Vim para Angola em Outubro 2006. A minha primeira paragem foi no Sumbe na Província do Kwanza Sul. Vim sozinha e à aventura.
Em Portugal ficou o meu coração. Todo o resto do meu corpo veio comigo. Não aguentei mais de 24 sem chorar. Na primeira noite estava chocada. No percurso Luanda-Sumbe encontrei muitas crianças descalças, muitas palhotas. Pensava encontrar uma Angola destruída pela guerra, mas nada me preparou para tanta pobreza. Jantamos no melhor restaurante da cidade em que cada prato de comida custava 2.500 kz e ao lado miúdos lavavam os carros por 100 kz. Estava na terra dos contrastes.

Adormeci a chorar envolvida na rede mosquiteira e com um cheiro intenso a repelente. Lembro-me de acordar no primeiro dia e pensar que era um sonho. O nascer do dia neste lado do hemisfério começa as 5:30 da manha e logo com um sol enorme a entrar-me pela janela. Na primeira semana quase que caia da cama a pensar que tinha adormecido e que já deveriam ser umas 10 horas. Depois os olhos habituaram-se e o corpo já não estranahva.

É duro estar sozinha em Africa. È duro não ter ninguem com quem falar. E era ainda mas duro almoçar e jantar sem companhia. Nunca na vida me tinha sentido tão sozinha! O tempo demorava uma eternidade a passar e não havia muito para me entreter. Os livros que trouxe (uns 10) foram todos lidos nas primeiras 2 semanas. Depois valia-me a TV ou então o laptop ainda sem internet.

Na primeira semana levaram-me a visitar a obra que iria supervisionar. Sumbe-Gabela-Quibala. 167 km que demoraram 6 a 7 horas a fazer. Já na quibala cai para o chão de tão enjoada que estava. Nessse dia naõ almocei e também não tive coragem para jantar. Estava com o estomago e a alma toda embrulhada. Queria falar com os meus, queria algum conforto e não tinha rede no telemóvel.

Foi a primeira e unica noite sem falar com os meus pais e com o G. O quarto de hotel /pensão era com telhado em capim e esquisitinha como sou pus-me logo a inspecioná-lo até descobrir 2 belas aranhas que tinham feito lá o seu lar. Resultado: vim dormir para o pátio. Arranjei 2 cadeiras de plástico e por ali fiquei a dormitar, sempre atenta aos mosquitos e ás estrelas que me velavam o sono. Foi o céu mais bonito que alguma vez vi na vida. E apensar das dores de estomago, e das dores do coração consegui ver beleza no ceu que me cobria.

Até o G vir para a minha beira nunca mais voltei à Quibala. Ao fim de 2 semanas fiquei doente. Não sabia o que tinha. E o que começou com uma simples diarreia do viajante começou a deixar-me fraca. Entre suspeições de Tifo e Malária andei num fernezim entre Sumbe e Luanda e sempre como mais e mais medicação que não surtiam efeito nenhum. A obra ia-se desenrolando devagar e o tempo multiplicava-se entre visitas à obra ou repouso forçadopor mais uma noite doente. Havia até que brincasse a dizer que o meu mal era saudades ou falta de mimo.

Verdade seja dita que não house um unico dia em que me não me arrependesse de ter vindo, em que dizia aos meus pais que queria ir embora e em que o meu pai me contrapunha que tinha sido uma escolha, que tinha de ser corajosa, que já faltava pouco e que os objectivos eram para cumprir. Soube mais tarde que sempre que desligava o telefone e depois de me encorajar ele ficava  deprimido e só dizia à minha mãe que vinha buscar a menina dele.

A 28 de Novembro voltei a Portugal já com a certeza que só voltava se fosse acompanhada. As condições que tinha eram boas, o salario era ainda melhor, mas eu sou menina dos papás, menina de mimos e afectos. Sem companhia não iria voltar. Diria adeus a Africa com um sentimento de nunca mais.

 Já em Portugal descobri que a minha doença era uma intoxicação medicamentosa. Os comprimidos africanos são muito fortes, especialmente para uma miuda de 50 kg. Nstes 2 meses Angola ficou marcada por coisas boas e coisas más. Conheci 3 pessoas fantásticas: o Paulo (que em Portugal era Angolano e em Angola era Portugues), o Deva e o Malu dois Mauricianos que me abriram o coração e as portas de casa deles ( por falar nisso ainda lhes devo uma visita às Mauricias!).

Lembro com saudade os mata-bichos digno de hotel feitos pela D. Eugénia, dos seus bifes na panela e chás de erva rainha quando as cólicas apertavam. Relembro com saudade o por-do-sol purpura da Gabela, e o laranja fogo do Sumbe. Relembro o cheiro do cabrité e da terra molhada, do mato tropical a perder de vista e das cobras e macacos que habitavam entre o pé-de-cafe, bananeira e dem-dem.

Lembro-me de todas as lagrimas de todos os choros e de todos os apertos no peito que tive. Na altura pensava que me iriam matar, mas estava enganada. Tornaram-me mais fortes, mais mulher, mais lutadora. Hoje não me arrependo um unico minuto desses dias que passei sozinha. Fui obrigada a crescer e pela primeira vez na vida a enfrentar dificuldades. Aprendi que nada é em vão e que podemos tirar lições de todas as situaçõe da nossa vida sejam elas boas ou más.

Agradeço a Africa a oportunidade de me ter obrigado a crescer e a entender que o mundo de fadas não exite. Mas também agora vos digo. Este mundo cão é bem mais interessante de se viver!

Eu e Angola Estamos juntas...
para sempre

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Lar Doce Lar

Chegamos. Estamos em casa. O nosso cheiro continua por aqui, as nossas coisas também. Gostamos de estar em Portugal mas também ao fim de 5 anos também já nos sentimos em casa deste lado do Mundo. Para a M este é o Mundo dela, este é o seu espaço, o seu ninho, apesar de ainda chorar pelos avós e pelos tios.

Era tão bom que pudessemos estar aqui todos juntos. Era tão bom te-los cá na nossa rotina e no meios das nossas coisas. Mas não pudemos. Mesmo nós apesar dos 5 anos ainda somos intrusos, ainda dependemos de um visto que acaba em Março e tem de ser renovado. Anualmente. Uns anos é mais fácil, outros são mais difíceis, mas em todos os anos por essa altura há sempre a incerteza de algo estar errado, de faltar um papel, de dizerem que já não temos lugar aqui.

Era bom que já pertencêssemos a este lado do Mundo, era bom que nos aceitassem como iguais. Mas a vida não é feita só com as nossas vontades e temos de respeitar também as vontades dos outros.

Para já é bom está por aqui. É muito bom estar na nossa primeira segunda casa.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Tempo de

Para ter um blog é preciso tempo e dedicação. Não terei ambos durante os próximos 3 dias. Escrevo já passa das 3 da manhã. Acabamos à pouco de fazer as malas. Amanhã voltamos à nossa segunda casa. a M regressa ao seu lar amarelo como lhe chama.

Ainda não tive tempo de me aventurar nos posts agendados. Estou a aprender que para ter um blog preciso de tempo e dedicação e isso às vezes inclui planear com antecedência e preparar a casa para quem nos vem visitar. Nos próximos 3 dias porém isso não se vai passar. Fechamos para viagem e abriremos portas e janelas já debaixo de sol Angolano.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

IRFILHA* - Publicado a 24/06/2010

Depois de ler um post da coco aqui á uns dias, percebi que tipo de amor sinto pela M. Até ao nascimento da Matilde tinha uma amor de irmã! Um amor incondicional, cúmplice que me levava a dar tudo por ela, a esconder as asneira dos pais, a arranjar 1001 motivos para as chegadas tardias, para os deslizes, para os stresses. Era a minha manuxa, que eu vi crescer e que partilhou o quanto comigo durante 8 anos (depois mudamos de casa)!!! Quando a Matilde nasceu eu conheci outro tipo de amor. O amor de mãe. Aquele que a minha mãe sempre me disse ser incapaz de explicar. E que como alguém tão bem descreveu "é apenas o nosso coração a bater fora do nosso peito". Foi ai que percebo que metade de mim amava e ama a M como Irmã e a outra metade ama como Filha. É por isso que cada vez que me pede ajuda pra sair, eu ajo como Irmã e ajudo-a a arranjar 1001 estratagemas para sair. É por isso que quando pede coisas emprestadas eu empresto. É por isso que sou a companhia para os bons e maus momentos. Depois há os momentos que sou Mãe dela. Que detesto as más notas (felizmente são poucas e raras). È por isso que morro de desgosto quando ela diz que me odeia e queria que eu morresse (eu também sei que é da boca pra fora). É por isso que lhe dou na cabeça quando a vejo fazer merdas. E é por isso que sonho com o futuro dela, que anseio pelas suas vitorias e com o seu sucesso, assim como sonho com o da Matilde. Também amo o meu irmão.... mas é tão diferente.... apesar de igualmente forte.... ele é o meu pilar! Aquele que mata meio mundo se esse meio Mundo tentar lixar a minha vida!


Amanha a minha irfilha atingirá a sua 2ª maioridade. Entra definitivamente com os 2 pés na idade adulta.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Angola 2006 - Parte I - Publicado a 10/03/2011

Fui apresentada a Angola em 19 de Outubro 2006 por volta das 7:00 da manhã.

Ainda não tinha saído do Porto e já estava com uma vontade enorme de chorar. Era a primeira vez longe de casa e longe dos meus.

O Aeroporto de Lisboa parecia muito maior agora que estava sozinha. Ás 22:00 já quase não conseguia aguentar as lágrimas. Não sei se seriam de medo ou de ansiedade. Mas tenho a certeza que metade delas eram de saudades.

Telefonei aos meus país e ao G. Em cada telefonema belisquei a minha perna com tanta força que fiz uma nódoa negra. Porque o fiz? Para não chorar ao telefone. Porque tendo uma dor física sabia que a dor do coração seria menor e não me trairia.

Entrei no avião a tremer e pela primeira vez na vida passei uma noite em claro.

Passei a viagem toda a falar com um desconhecido, o meu primeiro amigo em Angola. E verifiquei que com o medo e com o desconhecido aprendemos uma nova capacidade de fazer amigos rapidamente. Vencemos a timidez e o embaraço. Pensamos que se lixe, estou sozinha e mais vale arriscar. O pior que pode acontecer é virarem-nos as costas e chamarem-nos malucos (posso garantir que isso nunca aconteceu em Angola).

Sabia que a minha vida ia mudar, mas não sabia até que ponto.

Nesta altura pensava que Angola me estava a afastar de quem mais amava. Eu sabia que a culpa não era dela, mas sim da falta de oportunidades em Portugal e da maneira como este nosso País gosta de menosprezar os jovens. Mas não quero falar de Portugal.

Como dizia, Angola estava a afastar-me de quem eu mais amava, sem eu ainda saber que ela me estava a levar ao meu futuro.

Disse um até já a Portugal e quando aterrei em Luanda a minha vida mudou para sempre.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Não deixar para trás o que revela muito de nós

Estive a pensar e resolvi que alguns dos meus textos antigos do meu antigo blog irão ser transferidos para aqui. Muitos dos textos escritos durante a adolescência serão também redigidos pela primeira vez num blog.
Porquê?
Porque me relembram alturas da minha vida em que senti necessidade de desabafar, porque são textos que carrego no coração e não os consigo simplesmente deixa-los para trás, porque contam a minha, a nossa história neste mundo, porque são meus e eu assim quero, porque um dia vou dá-los à minha filha, porque dizem muito de mim.

sábado, 14 de janeiro de 2012

IPad

A maioria dos posts serão redigidos pelo IPad

O que eu mais adoro no meu IBicho? A sua portabilidade e o não me escaldar as pernas enquanto navego em frente à TV.

O que eu mais detesto? As correcções do dicionário maluco que tanto acerta no que quero escrever como que sugerem palavras que eu depois de as ver escritas até pergunto para os meus botões: Mas que raio tem os alhos a ver com os bugalhos?

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Sexta-Feira 13

E quem disse que neste dia só acontecem azares?
A minha sexta-feira 13 revelou-se uma surpresa. Em Fevereiro adianto mais novidades.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Organizar antes de começar

A agora com um novo começo há que transferir os blogs, organizar a casa.
É um trabalho chato mas tem de ser feito. Quantos mais dias passarem mais a desorganização toma conta de espaço e eu fico baralhada.

Mãos à obra

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Parabéns


À minha pessoa adulta preferida.
Amo-te.

Planos

Este ano tenho 3 planos. Delineei-os ao virar de um novo ano. Espero que este seja o ano.
Agora que me lembro nunca disse "este é o ano!".

Em miúda adorava fazer planos, mas depois a decepção de não os concretizar exactamente da forma que os imaginava, deitava toda a minha alegria por terra. Deixei de viajar e passei a viver um dia de cada vez. Em 2010 comecei a sentir-me frustrada porque sem planos não conseguia construir nada. Vivíamos o dia a dia e no final ao deitar-me sabia que no dia seguinte seria como fazer reset e começar tudo de novo. 2011 cansou-me.

Não me sentia em casa, não me sentia 100% feliz. Não me apetecia acordar de manhã. Em Dezembro fiquei mais pro-activa e comecei a desenhar os novas metas e sonhos.

2012 será o nosso ano. Será o ano de seguir as estrelas.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Pessoas da minha vida: Avó B.

Uma das pessoas mais importantes da minha vida foi a minha avó paterna, diria mesmo que ela foi A avó. Infelizmente não conheci a outra, mas sei pela minha mãe que o desejo que ela tinha em me conhecer era enorme. Infelizmente a vida pregou-lhe uma valente rasteira e levou-a 2 meses mais cedo.

Mas falemos da avó B, que é disso que este post fala. Foi A avó e sempre o será. É a minha alma gémea e sei que está comigo desde o dia em que nasci, até ao dia do meu ultimo suspiro quando nos voltaremos a reencontrar. Vai para 6 anos que alguém ma levou, ou que ela se deixou levar, cansada pela vida e com um percurso cheio de alegria, tristezas e muito muito trabalho e sacrificio. em todos estes dias que passaram não sinto que me tenha abandonado, pois de cada vez que me vejo em baixo e a tristeza me persegue surje sempre algo para me tirar lá do fundo, há sempre uma lanterna suspensa no ar que me trás de volta à realidade.
Desde que a M nasceu à 2 anos e meio essa presença está cade vez mais forte. Está presente no tique das mão, na paixão desenfreada por pão, na colocação da mão na cintura e a maneira como diz "ai a minha vida", está no olhar de zanga fingida, nos seus pés calorentos quer faça frio ou sol, chuva ou neve. Estão sempre quentes e nús a pisar o chão frio como o gelo. Gosto de acreditar que uma parte da minha avó B renasceu no dia que a M saiu de dentro de mim.
O tempo não aligeirou a saudade. Ainda no Natal não consegui conter as lagrimas ao ver os videos antigos, ao ouvir de novo a sua voz que tantas vezes me deu conselhos, ralhetes mas também muito incentivo e que principalmente me ajudou a construir os meus sonhos.
Foi a única pessoa que eu fui incapaz de abandonar porque eu era A neta. E uma neta não pode deixar na mão uma avó.
Eu fui A neta. Aquela a quem ela ensinou a ler, aquela a quem sorrateiramente mentiu ao filho e nora para me ir arranjar de um infantario que eu odiava, aquela que me dava leite achocolatado todas as tardes, aquela que tantas vezes cozinhou arroz de ervilhas, ovos e salsichas por mimo, aquela aquem limpou as lagrimas, aquela que em plena adolescencia abria mão das tardes na praia com os amigos para passa-las com ela na mercearia a ajuda-la com as "freguesas". Eu fui A neta e tenho muito orgulho nisso.

Disse-lhe vezes sem conta o quão importante era na mminha vida. Ela sempre o soube. Eu sei o quão importante fui para ela. Isso basta-nos a ambas. Esta relação perdura e nada nem ninguém poderá limpar e aliviar as lagrimas que verto de cada vez que falo ou escrevo sobre ela. Eu e ela, ela e eu. eramos uma até ela partir. Agora sou só metade de mim.



quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

101 in 1001

A 17/07/2010 comprometi-me a cumprir 101 desejos/vontades até dia 15/04/2011.
De forma a não me esquecer de nenhum importei a minha lista. Alguns foram concluidos, outros serão até há data final. Pelo menos um não será cumprido na sua totalidade por ironia do destino que me quis pregar uma partida fazendo tamanha ferida que ainda hoje se encontra por cicatrizar.

Aventuras (Viagens)
01. Fazer um tour pelos Estados Unidos
02. Conhecer Itália (especialmente o Norte e Centro)
03. Voltar a ser feliz em Londres
04. Mostrar Animais Selvagens à filhota- Janeiro 2012
05. Receber a visita dos Meus Pais e Irmãos em Africa (este quero muito mesmo muito) - Dezembro 2010
06. Ir para fora cá dentro em Portugal
07. Ir para fora cá dentro em Angola - Por Provincias pois se fosse por cidades/vilas e aldeias nunca mais daqui saia: Bengo, Luanda, Kwanza Norte, Kwanza Sul, Malange, Huambo, Benguela, Huíla, Namibe.
08. Passar o Natal ou o Ano Novo numa outra parte do Mundo - Salamanca Dezembro 2008 e Angola em Dezembro 2010
09. Ir a uns sitio distante e estranho (tipo expresso do Oriente);


Filhota e Familia
10. Decorar o Quarto da filhota - Angola Março 2010
11. Inscrevê-la numa Actividade - Inglês e Ginástica Janeiro 2012
12. Ver a filhota andar sem ajudas - Agosto 2010 aos 13 meses
13. Contar-lhe as Historias que ela escolher - Setembro 2010
14. Ajuda-la a fazer os primeiros desenhos e pinturas - Agosto 2010
15. Dar um Mano à filhota (ainda em análise)
16. Fazer o album do Primeiro Ano da filhota em Scrapbook - Iniciado em Novembro 2011
17. Oferecer-lhe o primeiro animal de estimação - Babar em 10/2010, Puki em 11/2010 e Pippa 08/2011
18. Ter a nossa celebração de Sonho - Já a tivemos a 29-05-2010

19. Comprar ou construir a nosso porto de abrigo
20. Fazer o desfralde da filhota - Setembro 2011
21. Celebrar os dias 29 dos proximos 1001 dias de maneira especial(0/33)
22. Fazer um progama familia de Zoo e Oceanário - Oceanário Dezembro 2011
23. Oferecer uma jantar aos pais e irmão no meu nosso novo Porto de Abrigo
24. Fazer os meus pais e irmãos felizes - Sempre que vamos a PT sei que não podem estar mais felizes
25. Deixar o meu marido emocionado (esta vai ser dificil!!)
26. Celebrar em grande o aniversário da filhota (0/3) - 2/3
27. Brincar à Chuva com o Maridão e a filhota (0/1)
28. Eviar um ramo de flores à minha mãe sem que ela esteja a contar - Enviei ao pai e mãe pelos 31 anos de casados.


Saúde e Bem Estar
29. Inscrever-me como dadora de medula óssea
30. Ir ao Dentista - Sempre
31. Fazer análises - Sempre
32. Fazer um Check-Up na Ginecologista  - Sempre
33. Emagrecer até aos 50Kg
34. Relaxar um Fim-de-Semana num SPA
35. Continuar com a Depilação Laser interrompida na gravidez - em curso
36. Fazer um Seguro de Saúde Familiar
37. Começar a fazer exercício fisico - Iniciado em 08/2011
38. Deixar crescer as unhas (ou deixar de roe-las)
39. Tirar um curso de Auto-Maquiagem  - 02/2011
40. Beber mais água - em curso
41. Hidratar mais a pele - em curso
42. Privado  - em curso

Compras e futilidades
43. Comprar um carro
44. Fazer uma mudança de visual
45. Fazer a Biblioteca e Cantinho das Artes da filhota
46. Comprar menos sapatos
47. Comprar uma Carteira BBI (Boa, Básica, Intemporal) - ou recebe-la de presente - Channel 2.55
48. Oferecer "aquele" relógio ao Maridão
49. Comprar mais roupa formal - Blasers principalmente
50. Comprar peças de artesanato Africano - Em curso
51. Comprar pelo menos uma peça Vintage de vestuario
52. Comprar uma peça de decoração/Mobiliário para restaurar
53. Encontrar aquele perfume (que adore e que não seja usado por toda a gente - Light Blue
54. Encontrar a minha base -MAC
55. Encontrar o meu corrector de olheiras -
56. Comprar uma MFP - 06/2011


Fada do Lar
57. Comprar umas cortinas novas para a sala (de Portugal)
58. Decorar a casa (Angola) - 07/2010
59. Equipar a Cozinha (Angola) - 08/2010
60. Limpeza Geral na casa Angolana - 07/20010
61. Aprender alguma coisa sobre Moldes e Costura - 12/2011
62. Investir mais tempo no Scrapbooking
63. Acabar a decoração da nossa varanda (de Portugal)
64. Plantar uma hortinha - 12/2010
65. Fazer um vaso (ou 2) com ervas aromáticas - 11/2011
66. Aprender mais receitas de sobremesas - em curso
67. Fazer uma parede decorativa com Artezanato Africano
68. Fazer Jantares Românticos nas datas especiais -aniversário dele, meu e nosso (5/14)
69. Organizar as tralhas acumuladas em 4 anos de Africa
70. Cozinhar um prato diferente 1 vez por
mês até à deadline - em curso

71. Decorar o nosso pátio angolano (Piscina, Espreguiçadeiras, Barbcue e Zona de Refeições)
72. Oferecer "Home Made Gifts" nos proximos Natais (2/3)
73. Ensinar a Matilde a fazer bolos e pãezinhos - 04/2011


Experiências
74. Fazer um passeio de barco
75. Ir à Feira da Ladra ou da Vandoma
76. Voltar a ver o meu FCP ao Vivo e a Cores
77. Levar a filhota comigo!
78. Enviar um Postal de Boas-Festas com uma Fotos de nós os 3
79. Ir ao Senhor de Matosinhos
80. Experimentar Kite-Surf (este tb vai ser dificil....)
81. Comer Pitangas - directamente da arvore
82. Fazer um curso de Sushi
83. Voltar a fazer Sky ou Snow-Board


Go Out with Friends
84. Fazer uma churrascada com amigos - já perdi a conta a quantas fizemoas
85. Ir ao sushi - sempre que estamos em Portugal
86. Jantar no Cafeina
87. Mojitos
88. Assistir a um concerto
89. Comer uma Francesinha - sempre que estamos em Portugal
90. Fazer umas férias com aqueles amigos especiais - Estas férias serão ser feitas, mas vai sempre faltar1 amiga especialíssima (Iremos sempre sentir a tua falta C)
91. Ir ver uma peça de teatro
92. Convidar mais vezes os amigos para serões em nossa casa - em curso


Trabalho e Utilidades
93. Organizar o Laptop - Finaly
94. Organizar as contas dos bancos - 01/2012
95. Tentar abater o valor do empréstimo Bancário
96. Retomar os estudos - quem sabe um MBA desta vez
97. Evoluir na minha carreira - Project Management
98. Desenvolver um novo projecto - PALUBA I 90
99. Convencer alguém a aderir ao "101 coisas em 1001 dias"
100. Ter mais tempo para a Familia

101. Arranjar um trabalho que me dê maior liberdade e disponibilidade