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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Quem me conhece bem sabe

Que eu movo este mundo e o outro por um amigo. Sou envergonhada. Sempre fui. As pessoas infelizmente nos dias de hoje não perdem tempo a conhecer-nos. Desde miuda nunca tive grandes amigas. Nunca fui popular. Do tempo do colégio conservo apenas uma grande amiga. As outras infelizmente perdemos os rasto ou ficamos pelas conversas de circunstancia. Quando vejo conhecidos com um rol de amigos do tempo de infância fico com um pouco de inveja. Gostava de ter continuado a alimentar as amizades. Mas nunca tive oportunidade de as alimentar.

As pessoas julgam-nos sem sequer nos conhecerem. Eu era a patinha feia, a miúda cabisbaixa, a envergonhada e sem sucesso com os rapazes. Para quê perderem tempo comigo? Para quê desperdiçarem o tempo a ser minha amiga? Mas eu valia a pena, só que o meu aspecto de introspecção afastou-as de mim.

Gostava que o tempo voltasse atrás e tentaria ser mais dada, mais extrovertida.
Na faculdade tudo mudou. Passei para um mundo de homens e ai ganhei amigos para a vida. ganhei um monte de irmãos. Onde eu era a mana caçula. Vivi anos incríveis. Dava-me bem com eles e com os respectivos progenitores. Depois chegaram as namoradas, os ciumes e uns quantos zarparam para outras paragens. Apenas um ficou. E ficará para sempre. Para os meus pais ele é um filho, para os pais dele eu sou uma filha. Somo amigos, somos irmão e sim é possível manter amizade um homem sem existir qualquer tensão sexual pelo meio. Ele é um dos que ficou e que estará sempre aqui como eu também moverei mundos e fundos para o ver feliz.

Tenho mais amigos e muitos conhecidos mas estes dois ficaram gravados no coração porque perderam tempo comigo. Porque viram que havia aqui uma carapaça que valia a pena quebrar. E eu fico feliz por eles continuarem por cá ao fim de tantos anos.

Com a ajuda do Facebook encontrei outros amigos/colegas que se perderam pelo caminho. Alguns deles sei que vale a pena investir na amizade. Vou-me aproximando aos poucos a ver se ainda não será tarde para retomar as amizades antigas. Vou-me aproximando para ver se desta vez a vergonha não bate à porta e se tenho coragem para recuperar o tempo perdido.



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